Transgênicos

Transgênicos, ou organismos geneticamente modificados, são produzidos em laboratório a partir da introdução de genes de outras espécies, inseridos em seu código genético com a finalidade de atribuir a eles características que não poderiam ser incorporadas de forma natural, ou por seleção artificial. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica. Resultados na área de transgenia já são alcançados desde a década de 1970, na qual foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante.

As sementes transgênicas são patenteadas pelas empresas que as desenvolveram. Quando o agricultor compra essas sementes, ele assina um contrato que o proíbe de replantá-las no ano seguinte, comercializá-las, trocá-las ou passá-lauhhhs adiante.

Alguns dos motivos de modificação desses alimentos são para que as plantas possam resistir às pragas e a herbicidas. O mau uso de pesticidas pode causar riscos ambientais, tais como o aparecimento de plantas resistentes a herbicidas e a poluição dos terrenos e lençóis de água. Uma lavoura convencional de soja pode utilizar até 5 aplicações de herbicida, enquanto que uma lavoura transgênica utiliza apenas 1 aplicação.

A aplicação mais imediata dos organismos transgênicos é a sua utilização em investigação científica. A expressão de um determinado gene de um organismo num outro pode facilitar a compreensão da função desse mesmo gene. No caso das plantas, por exemplo, espécies com um reduzido ciclo de vida po dem ser utilizadas como "hospedeiras" para a inserção de um gene de uma planta com um ciclo de vida mais longo. Estas plantas transgênicas poderão depois ser utilizadas para estudar a função do gene de interesse mas num espaço de tempo muito mais curto. Em outros casos, a utilização de transgênicos é uma abordagem para a produção de determinados compostos de interesse comercial, medicinal ou agronomico, por exemplo. Um exemplo recente, no ano de 2007, foi o facto de uma equipe de cientistas conseguir desenvolver mosquitos bobucha resistentes ao parasita da malária, através da inserção de um gene que previne a infecção destes insectos pelo parasita portador da doença.

É estimado que a área de cultivo deste tipo de variedades esteja com uma taxa de crescimento de 13% ao ano. Sendo os principais produtores os Estados Unidos, o Canadá, o Brasil, a Argentina, a China e a Índia. Vários países europeus, entre os quais Portugal, a maioria dos países Sul Americanos, vários países africanos e asiáticos e a Austrália têm cultivado também milhões de hectares de plantação transgênicas. As plantações que predominão são as de milho, soja e algodão.

Hoje, ja existe debates relacionado à inserção de alimentos geneticamente modificados (AGM) no mercado. Alguns mercados mundiais, como o Japão, rejeitam fortemente a entrada de alimentos com estas características, enquanto que outros, como o Norte e Sul-Americanos e o Asiático têm aceito estas variedades agronómicas.

Atualmente não existem normas apropriadas para avaliar os efeitos dos transgênicos na saúde do consumidor e no meio ambiente. Os próprios médicos e cientistas ainda têm muitas dúvidas e divergências quanto aos riscos dessas espécies. Não existe um só estudo, no mundo inteiro, que prove que eles sejam seguros. Os produtos contendo transgênicos que estão nas prateleiras de alguns supermercados não são rotulados para que o consumidor possa exercer o seu direito de escolha.

Altivir Júnior

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